Dr. Gabriel Queijo

Olá, 

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Poderia dizer que minha história com a psiquiatria foi amor à primeira vista. Mas não foi. Durante a faculdade de medicina - e por muito tempo - pensava em me especializar em endocrinologia. Sempre achei o metabolismo humano fascinante. Progressivamente, passei a me imaginar atendendo e ensinando nessa área. Contudo, no 5º ano da faculdade de medicina, passei pelo estágio de psiquiatria e também fiquei maravilhado com a mente e comportamento humano e intrigado com a possibilidade de ajudar aqueles que sofrem com doenças ainda muito estigmatizadas.

No 6º e último ano da faculdade de medicina, fiquei indeciso na hora de escolher a especialidade, mas acabei, inicialmente, optando por me especializar em clínica médica, especialidade que me permitiria no futuro ser endocrinologista. Iniciei a especialização em clínica médica, mas acabou sendo uma experiência desastrosa: percebi que estava no caminho errado. Quem nunca teve essa sensação? 
Era necessário mudar. E mudei.

E veja só: 2 dias antes da prova final para eu entrar na especialização em psiquiatria na USP em Ribeirão Preto, meu avô (que sempre foi um verdadeiro paizão para mim), faleceu. Mas no final das contas, dei um jeito e passei. Acredito que ele estava me mandando muita força lá de cima. Foram 3 anos de especialização: muito trabalho, noites mal dormidas, frustrações... Mas também foram anos de excelentes exemplos e um aprendizado gigantesco.

Como psiquiatra, sou feliz com o que faço. Não diria que todos os dias (afinal, ninguém tem dias somente felizes), mas a maioria deles. É extremamente satisfatória ajudar aqueles que precisam. Conseguir fazer alguém voltar a sorrir é muito recompensador. A profissão também me instiga a refletir sobre problemas sociais, o comportamento humano e me estimula a refletir como ser um filho, irmão, companheiro e amigo melhor. Enfim, sinto que tem sido uma jornada bem bacana e recompensadora!

Amor à segunda vista!